terça-feira, 25 de julho de 2017

Relatos de Bratislava


Dia 28 de dezembro de 2015, uma segunda feira, fui para Bratislava, de Budapeste.


Essa viagem foi a primeira etapa de uma viagem maior (Bratislava e Viena) e já começou toda errada.


O plano era sair de Budapeste usando ônibus (Student Agency Bus), mas o problema foi que eu, até então, eu achava que o ponto de origem era a estação de ônibus de Nepliget, de Budapeste. Porém essa companhia de ônibus, e outras várias, saem de um outro lugar (muito perto da rodoviária), e, por esse motivo, acabei perdendo o ônibus.
Sem ter outro ônibus saindo pra Bratislava no dia (pelo menos não da companhia que eu poderia comprar a passagem no guichê da rodoviária), acabamos tendo a ideia de tentarmos a sorte e irmos de trem.
Fomos até a estação ferroviária de Keleti e, por sorte, tem trem que sai de hora em hora em direção a Bratislava. Pegamos o próximo trem, e conseguimos sair cedo de Budapeste (em torno de 8:00).
A viagem dura entre 2 e 3 horas, e o trem é relativamente confortável, mesmo sendo um trem ao estilo leste europeu.


Parte interna do castelo pela manhã

Chegando na estação ferroviária tomei um taxi em direção ao Castelo de Bratislava. Mas a estação não fica tão longe do centro histórico, uns 30 minutos caminhando, então vale a pena caminhar, se você tiver tempo.







Castelo com nevoeiro


Perdi um tempo caminhando pelo Castelo de Bratislava. A construção fica no alto de uma colina, em posição dominante sobre o rio Danúbio, a sua construção iniciou-se no século X. Atualmente é a residência oficial do presidente da República. As suas quatro torres nos vértices são consideradas o símbolo da cidade. Não é um castelo suntuoso, mas a vista é muito bonita, podendo ver território austríaco e húngaro, pois Bratislava fica colada à tríplice fronteira.


Saindo do castelo
Descendo pela saída leste, pelo meio de construções antigas e bonitas, em direção à Catedral de São Martinho. O centro histórico de Bratislava é bastante turístico, mas bem charmoso, mas sendo visível a diferença com outros centros históricos da Europa. Em Bratislava as construções históricas aparentam ser mais antigas, e um pouco descuidadas.



Centro histórico

Castelo com sol
Na hora do almoço eu decidi não gastar muito, então acabei comendo uma pizza. Com 9 euros comi uma pizza com cerveja, mas é possível comer com menos (principalmente McDonald’s).
Após o almoço, voltei a caminhar pela área história e pela orla do rio. E quando o sol abriu, no meio da tarde, resolvi voltar ao castelo para apreciar melhor o sol e o fim da tarde.


Nevoeiro na tríplice fronteira


Botel - Hotel-Barco
Ao cair da noite jantei no mesmo restaurante do meio dia, visitei algumas lojas para comprar alguns souvenirs e me dirigi ao hotel que passaria a noite. Precisava dormir cedo por no outro dia estava indo para Viena.
O hotel foi uma experiência a parte. Fiquei num hotel-barco, que fica ancorado no leito do rio Danúbio chamado Botel Gracia. Recomendo.




No outro dia acordei cedinho pois meu ônibus saía ao amanhecer do dia. A rodoviária de Bratislava (ou o que podemos chamar de rodoviária) é só um um lugar onde os ônibus param, sem muita informação, praticamente embaixo do lado norte da ponte sobre o Danúbio. Só tem um balcão de informação da Blaguss e algumas lojinhas para comprar jornal e snacks. Se quiser procurar no google.maps o nome é Bratislava Most SNP bus stop (terminal).




Impressões da cidade e da viagem

Na minha opinião um dia é o suficiente para visitar a cidade. Não é uma cidade tão turística, mesmo tendo um centro histórico bonito. Se sua ideia é visitar o Leste Europeu, eu adicionaria Bratislava como uma rápida parada pois fica bem localizada, mas nada muito demorado. Não pretendo voltar lá tão cedo.


  • Dicas:
  • Bratislava é a capital da Eslováquia, país cujo território já fez parte do Império Austro-Húngaro (antes da Primeira Guerra Mundial) e Tchecoslováquia (entre 1918 e 1992).
  • A Eslováquia é um dos poucos países do Leste Europeu que utiliza o Euro como moeda, mas não se preocupe, pois costuma ser mais barato que os países da Europa Ocidental.
  • Sempre preste atenção de onde sairá seu ônibus e/ou trem, principalmente no leste europeu. É normal as cidades maiores terem mais de uma estação ferroviária e rodoviária. E muitas vezes os ônibus não saem bem daquela estação, como foi o caso dessa viagem. Os pontos de partida também podem ser só uma placa na calçada, então preste atenção.


  • Como chegar
Eu fui de trem para Bratislava, mas você também pode chegar de avião, carro ou trem.
O Aeroporto de Bratislava M. R. Štefánik é internacional, porém não há voos diretos do Brasil para lá. Normalmente há escalas em outras cidades da Europa Ocidental. E no site do aeroporto você encontra maneiras de translados.  
Use o GoEuro.com para maiores dicas e informações, além do rome2rio.com


  • O que comer
As comidas típicas do centro-leste europeu se misturam de país para país, e em Bratislava não comi nada típico. Há vários restaurantes com comidas típicas/turísticas no centro histórico. Mas cuidado com o preço.


Links:


Trem:
Você pode utilizar
https://www.mavcsoport.hu/en - Companhia húngara


Ou procurar de maneira genérica todas as maneiras pelo rome2rio.com ou


Ônibus:


Hospedagem:
Normalmente utilizo o http://www.booking.com/
Fiquei no Botel Gracia


Aeroporto:





terça-feira, 18 de julho de 2017

Relatos de Munique (primeira vez na Oktoberfest)

Dia 04 de outubro de 2015, uma sexta feira, fui para Munique, de Budapeste.


No segundo final de semana na Europa eu decidi fazer minha primeira viagem dentro do continente, e o local escolhido foi Munique, pois seria esse o último final de semana da Oktoberfest 2015. E como eu tenho ascendência alemã, e aprecio boa cerveja, resolvi aproveitar essa oportunidade.
           
           Escolhi ir de ônibus, saindo na sexta-feira às 19:00 e voltando no sábado às 22:00. Foram em torno de 9 horas de viagem, atravessando toda a Áustria. Dessa maneira pagava menos na passagem por ser ônibus e economizava com hotel, pois dormiria durante a viagem.
           Meus planos incluíam visitar um pouco do centro de Munique antes das 9:00 (horário que abririam as tendas na Oktoberfest), e depois passar o resto do tempo pelo grande parque da Oktoberfest. Não saiu como planejado, mas foi melhor que eu esperava.
           Cheguei na rodoviária de Munique por volta de 5:00 de sábado, ,e a primeira impressão da cidade alemã não poderia ser pior aquela rodoviária estava uma mistura de bagunça e sujeira. Ela não é pequena, tem algumas lojas, que estavam fechadas, e uma casa noturna (possivelmente muito perto dali). Então era fim de festa, muitos jovens atirados pelos cantos, alguns com roupas típicas da Baviera, aquele clima deprimente de ressaca. Meu plano era comprar um chip para ter internet 3G, mas se foi por água abaixo, pois estava tudo fechado, menos o McDonald’s. Aproveitei para comer um hamburger e usar a internet de lá.
           
Meu próximo passo seria pegar o metrô e ir até Marienplatz. Pedi ajuda para um local que estava saindo de uma festa, que surpreendentemente foi bem solícito, e foi comigo até a estação que eu queria, pois era na mesma direção que ele estava indo.  (E a hospitalidade alemã continuou para todas as outras vezes que visitei o país)



Rathaus de Munique antes do amanhecer
           Chegando em Marienplatz, consegui internet de algum lugar do além. Era só eu naquela região, e aproveitei o raro momento para tirar fotos sem os mil turistas que ficam por ali durante o dia. Caminhei pelo centro, pude ver a Catedral de Munique, Old Town Hall, Neus Rathaus, Hofgarten, Hofbräuhaus entre outros lugares. Vi o dia amanhecer, bonito e muito frio. Tinha pesquisado um pouco sobre a cidade e a importância dela principalmente no século XX, e queria muito ir na Hofbräuhaus, mas falarei mais dela depois.
           
Munique ao amanhecer


OKTOBERFEST
Fila para entrar na tenda da Paulaner
           Antes das 9:00 eu fui para o parque da Oktoberfest, pois queria chegar cedo e não ficar de fora. A Oktoberfest lá funciona assim: Cada cervejaria possui uma ou mais tendas, que são espaços pelo parque do evento, podendo ser grande ou pequena. As grandes são normalmente uma espécie de pavilhão (tenda) onde estão as grandes cervejarias como Hofbräu, Löwenbräu, Paulaner, entre outros. E as pequenas tendas, podem ser em algum lugar “aberto”, e não necessariamente é de alguma cervejaria em específico. Como cada “ambiente” desses possui lotação máxima, sempre tem fila e controle para entrar. Além disso também tem várias lojas vendendo coisas típicas e um parque de diversão.


Eu e desconhecidos multiculturais


           Eu já tinha ouvido falar que se chegar depois do meio dia fica mais difícil de entrar em alguma tenda, então logo que cheguei já entrei na fila para entrar na grande tenda da Paulaner. Percebi logo de cara que as filas na Oktoberfest não são as mais organizadas. Mas às 9:00 eles abriram e eu pude entrar. Sentei sozinho numa mesa, mas com o tempo acabaram se se sentando na mesma mesa duas japonesas e uma família de alguma cidade do sul da Alemanha. Foi uma experiência cultural muito interessante, regado de boa cerveja. Mas eu não queria ficar ali o dia todo, então resolvi me movimentar e visitar o resto do parque.


Dentro do parque da Oktoberfest
Hotdog alemão



           Caminhei pelo parque, comi um hotdog alemão, e depois de ter todo o parque, resolvi tentar entrar em outra tenda, queria tomar uma Hofbräu. Mas descobri que não é fácil entrar numa tenda depois que ela está cheia. São muitas pessoas tentando entrar, e alguém escolhendo quem vai entrar ou não baseado em algum critério que só ele sabe. Um tanto quanto frustrante. Foi então que meus planos mudaram completamente. E foi melhor assim.


Tenda da Paulaner



DE VOLTA AO CENTRO DE MUNIQUE
Rathaus cheio de turistas
Decidi voltar à Marienplatz, e almoçar na Hofbräuhaus. Para quem não sabe, a Hofbräuhaus foi fundada em 1589 pelo Duque William V da Baviera, mas somente aberta ao público em 1828. Dentre suas histórias, as mais interessantes são que Mozart morava muito perto de lá, e muitas de suas composições foram influenciadas pelas cervejas do lugar, além de Richard Wagner e Strauss, que também eram clientes. Outra história, e essa é triste, é que lá foram feitos os primeiros discursos nazistas por Hitler e assinados cláusulas importantes para o partido.


Hofbräuhaus


Como fã de história, não pude perder a oportunidade de tomar uma cerveja e almoçar lá. Então aproveitei para dar mais uma caminhada pela região (agora de dia e com sol) e fui até o Jardim Inglês (onde vi gente completamente nua tomando sol).
           



Dentro da Hofbräuhaus

Jardim Inglês (Englischer Garten)


Oktoberfest ao anoitecer
           Quase anoitecendo resolvi voltar para a Oktoberfest. Apesar de completamente lotada, acabei percebendo que tinha pouca gente na “fila” para entrar em uma das tendas da Hofbräu. Então resolvi tentar entrar, e acabei percebendo como funciona a (des)organização para entrar nas tendas da Oktoberfest. Eles vão mandando entrar quem eles acham que “vale a pena”. Perguntam se alguém está em grupo de 3, 4, 5… e chamam o grupo. E eu, como era 1 só, nunca me chamavam, mesmo estando bem na frente. Depois de uma certa espera, entrei. Tomei mais uma cerveja, saí, e dei mais uma volta pelo parque novamente.

           Faltando algumas horas para o ônibus voltar para Budapeste, eu fui novamente para o centro de Munique. Pude aproveitar a internet de lá, dei mais uma caminhada pela cidade, agora de noite novamente, mas com mais gente. Comi algo no McDonald’s antes de voltar para casa. Acabei conhecendo dois alemães simpáticos e engraçados, conversamos bastante. E por fim, antes de chegar na “Sarajevo” que era aquela rodoviária, o metrô ficou parado por uns 20 minutos pois algum bêbado fez merda em alguma estação (lembrando que isso aconteceu antes da maioria dos atentados na Europa).


TEM MAIS!
Como essa foi a minha primeira vez visitando a Munique, eu voltarei a escrever sobre a cidade, descrevendo como foi minha segunda visita.


Impressões da cidade e da viagem
A parte histórica é muito rica e bonita. As pessoas são mais simpáticas que eu imaginei. A Oktoberfest não é tudo isso e deve ser mais legal se você for com amigos. Teve momentos que tive a impressão que a cidade toda era o fim de festa com vários jovens bêbados. Chega a ser deprimente, principalmente a noite após um dia de bebedeira. No segundo ano que fui cheguei a ver pessoas sendo carregadas em macas depois de caírem de bêbadas.
Mas quero ir mais vezes para Munique!


  • Dicas
A moeda alemã é o Euro e isso facilita muito.


  • Locomoção interna (onibus - Metro)
Eu comprei um passe de 24horas que pode ser adquirido nas máquinas eletrônicas. Não é tão simples usar essas maquininhas, e se tiver algum problema, peça ajuda de algum alemão. A maioria deles falam inglês e todos foram muito solícitos comigo. Vale lembrar: seu ticket de metrô só vale dentro de uma determinada zona, então preste atenção.
Ps. eu só utilizei metrô em Munique.


Se você tiver internet, use o Google Maps, pois ele te dá várias rotas de como chegar ao destino.


  • Como chegar
Eu fui de ônibus até Munique, utilizando a Eurolines, mas você também pode chegar de avião, carro ou trem.
O Aeroporto de Munique-Franz Josef Strauss é internacional, porém não há voos diretos do Brasil para lá. Normalmente há escalas em outras cidades da Europa Ocidental. E no site do aeroporto você encontra maneiras de translado.  
Também há outras linhas de ônibus que vão para Munique saindo de outras cidades da Europa. Recomendo Fluxbus e Student Agency. Use o GoEuro.com para maiores dicas e informações, além do rome2rio.com


  • O que comer
Você encontrará muita linguiça típica e batata, além de, claro, muita cerveja alemã.
Coma também um belo joelho de porco e um schnitzel, ou um pretzel com mostarda. A cuca alemã também é uma boa pedida (chamada de streuselkuchen).
Tire um tempo também para ir em algum biergarten ou cervejaria local, como Hofbräuhaus e Paulaner.


Links:


Trem:
Ou procurar de maneira genérica todas as maneiras pelo rome2rio.com ou


Ônibus:


Hospedagem:
Normalmente utilizo o http://www.booking.com/
Mas como não me hospedei em Munique, ficarei devendo essa dica


Oktoberfest:




terça-feira, 11 de julho de 2017

Relatos de Praga e Pilsen (primeira vez na República Checa)


Dia 23 de outubro de 2015, uma sexta feira, fui para Praga, de Budapeste.

O trem saiu de Keleti, estação de trem em Budapeste, às 5:25 e demorou em torno de 7 horas de viagem até Praga. Era a minha primeira viagem de trem pela Europa, e acabei pegando primeira classe, pois não tinha mais passagem de segunda classe (acho que por causa do feriado húngaro que era na sexta).
Quando tu compra assento marcado, na sua passagem diz o número do vagão e o número do seu assento. Basicamente tem dois tipos de vagão: um que é dividido em cabines de 6 lugares, e outro que só tem os bancos (como fosse um ônibus). A primeira classe tem bancos mais espaçosos, uma garrafa de água mineral e um exemplar de jornal (como se eu conseguisse entender húngaro ou Checo). Apesar da diferença de valor não ser tão grande, as vantagens da primeira classe não são nada demais.

Cheguei em Praga em torno de 13:00, e apesar de a primeira pessoa que conversei lá foi a moça que eu comprei um cafézinho e que foi super simpática comigo, a primeira impressão que eu tive do povo Checo é que eles são bem mal educados. Normalmente tento aprender frases simples do idioma local pra quando eu viajo, porém não fiz isso com o Checo (e nem com o eslovaco, posteriormente).
Quando cheguei, após comprar um café, fui comprar um SIM card para meu celular,
pois gosto de ter internet móvel. Ao perguntar para o atendente de uma lojinha se ele falava inglês, prontamente me respondeu que não. Insisti, pegando meu celular, apontando pra ele e dizendo “Internet”. E como se por milagre, ele começou a me atender em inglês, me vendendo o chip. Apesar de achar aquilo estranho, relevei.

Foto em frente à estação Staroměstská

Praga é uma cidade pequena, com uma boa rede de metrô. Nao utilizei outro transporte público além desse. Comprei ticket pra 48 horas para utilizar o transporte público.
Primeira coisa que eu fiz foi ir para o centro histórico. Peguei o metrô vermelho na estação de trem (estação nome Hlavní nádraží), troquei pro metro verde na estação Muzeum e desci na estação Staroměstská, perto do rio e o Antigo Cemitério Judeu.


A partir dali foi fácil chegar em vários pontos importantes no centro histórico de Praga, mas antes passei no KFC para almoçar.
Fui até a Old Town Square onde pude ver várias bancas com Souvenirs e comidas típicas. Acabei experimentando uma batata frita em espiral no palito. É normal, mas difícil de comer. Aproveitei também e peguei um copo de cerveja. Cuidado ao querer comer ou beber algo ali, pois é caríssimo, mas vale a pena experimentar.

Batata frita em espiral


A praça é linda, e dali podemos ver a Church of Our Lady before Týn e o Prague Astronomical Clock. Caminhei por algumas ruas laterais que pareciam de uma cidade medieval. Tirei algumas fotos e me encaminhei ao Castelo de Praga.

Voltei até a estação de metrô que havia descido (Staroměstská) e fui em direção à estação Malostranská. Descendo lá, caminhei e subi até a parte de trás do castelo. O Castelo de Praga é o maior castelo do mundo (segundo o Guinness e a Wikipedia). Com 66.761m², o Castelo de Praga é lindo, com uma bela vista da cidade, do rio e de suas pontes. Lá em cima pude experimentar o Hot Wine (vinho quente) que logo percebi que é o mesmo quentão que tomamos no sul do Brasil. Caminhei por lá, tirei várias fotos. Há tours internos e museus, mas optei por nao fazê-los.




Uma das vistas do Castelo de Praga


Normalmente o Castelo de Praga é confundido com a Catedral de São Vito, uma grande catedral no estilo gótico, cuja construção foi iniciada em 1344. Mas não se engane, o castelo é um complexo de construções de 72 mil m².

Frente da Catedral de São Vito

Após visitar o castelo, fui em direção da Ponte Carlos, a ponte mais famosa de Praga que passa pelo rio Moldava. Desci do castelo pelo outro lado, passando por ruas ainda mais medievais. Uma verdadeira viagem no tempo. No caminho decidi tomar outra cerveja, a famosa Pilsner Urquell (mas falarei dela mais à frente), em um pub chamado Bar Legend 13. Nada de especial, só um pub ao estilo europeu.

Casal de velhinhos - Super romântico
Chegando na Ponte Karlův fiquei deslumbrado. Ela tem uma vista linda, e tive a sorte de chegar lá ao fim da tarde. A Ponte Carlos é a ponte mais velha de Praga e a segunda mais velha da República Checa, com o início de sua construção datada no ano de 1357, à pedido do rei Carlos IV. Ela possui duas torres em um de seus lado e uma no outro. E realmente é um lugar belíssimo que você pode ficar um bom tempo ali.

Após essa bela caminhada, fui em direção ao hostel (que era bem perto da ponte). Acabei comprando alguns souvenir no caminho. É realmente impressionante a quantidade de coisas relacionadas a maconha em Praga. É chocolate, cookies, cerveja, vodka e (pasmem) camisinha!
Sobre o hostel: Fiquei no Hostel & Pension Downtown. Boa localização, pessoal gentil, um hostel bem honesto. Recomendo.
Após me instalar no hostel, tomar meu banho, era a hora da janta. Resolvi comer em um restaurante local. Acabei jantando no Klášterní pivovar Strahov, ao lado do monastério de Praga. Ótima cerveja e comida. Pode-se pegar o Tram que passa na frente do hostel e descer pertinho do monastério. Recomendo.
Acabei dormindo cedo por viajar para Pilsen no dia seguinte.

PILSEN

No sábado peguei um ônibus em direção à Pilsen. Peguei da empresa FlixBus que saiu às 8:00. A estação de onibus é a ÚAN Florenc bus station e você chega lá usando o metro vermelho descendo na estação Florenc. Demorei um pouco pra me localizar após descer, pois acabei saindo pelo lado errado da rua. Mas nada mais de 15 minutos. Dica: Sempre chegue bem antes caso der algo errado.
Após 1 hora e meia de viagem cheguei em Pilsen. Estava -1C e as pessoas estavam tomando cerveja. Já sabia que estava indo ao lugar certo. Fui lá visitar o museu da cerveja e a cervejaria Pilsner Urquell.

Feirinha tradicional

Cheguei e fui caminhando em direção à Catedral de São Bartolomeu. Para minha sorte estava acontecendo uma feirinha ao redor da catedral. Pude experimentar uma espécia de vinho semi fermentado e uma torta de maçã com chocolate.






Torta de chocolate e maçã da feirinha


Interior da construção onde se encontram os museus
Após fui ao museu da cerveja.Tentei comprar pelo site os ingressos, mas não consegui. Porém na hora foi bem simples e sem problemas. Fiz o museu e após fiz um tour guiado pelo Pilsen Historical Underground, que é uma cadeia de túneis medievais que passam por debaixo da parte histórica de Pilsen. Há o tour em inglês é uma experiência super interessante.
Almocei em um restaurante típico, com boa cerveja e carne de porco.




Almoçado, fui para a cervejaria onde o tour em inglês começava em torno de 15:00. No caminho pude ver vários lugares bonitos e até um estádio de futebol bem moderno até.

Pilsen no outono

Interior da fábrica

Entrada principal para o tour

A cerveja Pilsner Urquell é considerada a primeira Pilsener do mundo. Tanto que o nome desse estilo de cerveja vem do nome da cidade Pilsen. A história da cidade se mistura bastante com a cerveja. Hoje a cervejaria é bem grande e o tour é bem instrutivo. Ali é o único lugar do mundo onde você tem a chance de tomar a Pilsner Urquell não filtrada. Recomendo o tour.




Parte moderna da fábrica

Barris de cerveja em produção

Pilsner Urquell não filtrada

Tive a sorte de encontrar dois brasileiros, que acabaram por mudar o resto da minha viagem. Acabamos almoçando novamente e foi onde tive a certeza que o povo Checo, de maneira geral é mal educado, pois ao pedirmos a conta e perguntarmos o quanto seria pra cada um, o normal seria ou ele saber ou ele nao saber e calcular para nós, pois nao sabíamos mais os preços do que consumimos. Porém o garçom foi estúpido e ficava falando de maneira irônica que ele não consumiu nada e nao sabia o preço, e depois de tanto insistirmos e pegarmos os cardápios para ver e até calculou muito de mal gosto o valor de cada um.
A rodoviária de Pilsen é bem estranha, e se tu quer comprar as passagens diretamente lá, cuidado com os horários de funcionamento e compre em um quiosque que tem no meio das paradas dos ônibus.

DE VOLTA A PRAGA

Cheguei pela noite em Praga e eu e meus novos amigos fomos Karlovy lázně, uma famosa festa de Praga, perto da Ponte Carlos, com 5 andares (e sem elevador) onde cada andar tem uma pista de dança diferente com estilos de música diferentes.

No outro dia, antes de pegar o trem de volta à Budapeste, fui novamente ao centro histórico. Caminhei por ruas que não havia caminhado ainda. E sim, Praga é uma cidade linda.
Acabei indo no Sex Machine Museum. Não é nada de mais, tem várias imagens e máquinas destinados ao ato, mas esperava mais. Se tu tiver muito tempo, até vale a pena ir.

Vista de cima do Prague Astronomical Clock
Após isso, caminhando pelo centro velho percebi que eu poderia subir no Prague Astronomical Clock, e o fiz. A vista é maravilhosa e isso sim recomendo!

Antes de ir para a estação de trem ainda comi um prato típico que é basicamente um nhoque com repolho e bacon. Apesar de ser bem caro ali na parte turística, é um prato que realmente te alimenta bem.






TEM MAIS!

Como essa foi a minha primeira vez visitando a República Checa, eu voltarei a escrever sobre Praga, descrevendo como foi minha segunda visita a Praga.

Resumo:
Praga e Pilsen são cidades lindas. Com muita história medieval, boa cerveja, comidas típicas e um povo não tão educado. Mesmo sendo sendo uma cidade bem histórica, Praga é uma cidade meio maluca com várias coisas com a temática Canabis e vários jovens. Gastei uma quantidade relativamente alta de dinheiro, mas realmente não economizei. Praga é uma cidade que você DEVE visitar. Já Pilsen você só precisa ir caso seja um grande fã de cerveja (como eu).

Dicas
A moeda checa é Coroa Checa (CZK) - E geralmente seu valor de conversão fica entre:  CZK10 = R$1,00 - R$1,50.
A dica é levar Euros e trocar lá.
Segundo algumas fontes, os melhores lugares para trocar de Euro para Coroas são nas casas de câmbio próximas ao centro da cidade (Staré Město ou Malá Strana).

As tomadas são normais (não as de 3 pinos brasileira). Mas sempre leve um benjamim para viagens.

  • Locomoção interna (onibus - trem - Metro)

  • Como chegar
Eu fui de trêm para Praga, mas você também pode chegar de avião, carro ou ônibus.
O Aeroporto de Praga Václav Havel é internacional, porém não há voos diretos do Brasil para Praga. Normalmente há escalas em outras cidades da Europa Ocidental.  
Também há várias linhas de ônibus que vão para praga saindo de outras cidades da Europa. Recomendo Fluxbus e Student Agency.

O que comer (e onde)
Você encontrará muitas carnes, principalmente carnes de caça. Facilmente você encontrará pato, cervos e coelhos. Você também encontrará muita batata (como todo o centro leste europeu).
Aproveite e coma na feirinha na praça histórica e beba muita cerveja.
Uma recomendação é o restaurante R.M.Rilke. Perto da entrada do Castelo de Praga, um lugar aconchegante, bom atendimento. Aberto das 11:00 às 23:00.
Em Pilsen eu recomendo o restaurante colado ao Museu da Cerveja (Brewery taproom Parkán), que abre diariamente às 11:00 e fecha entre 22:00 e 01:00 conforme o dia da semana (consultar no google o dia que você quer visitar. Recomendo também o restaurante que tem dentro da fábrica da Pilsner Urquell, Restaurante Na Spilce (http://www.naspilce.com/en/), aberto, também diariamente, das 11:00 às 22:00.

Links:

Trem:
Ou procurar de maneira genérica todas as maneiras pelo rome2rio.com

Hospedagem:
Normalmente utilizo o http://www.booking.com/
Fiquei no Hostel & Pension Downtown

Ônibus para Pilsen:

Museu da Cerveja em Pilsen:

Mais informações: