quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Relatos de Estocolmo


Dia 03 de setembro de 2016, um sábado, fui para Estocolmo, de Budapeste.
Por causa do baixo valor da passagem aérea acabei conhecendo a terra do Abba. Uma cidade difícil de se locomover, cara, porém muito bonita.


Por-do-sol em Estocolmo




Início de viagem



Minha viagem começou meio dia, no aeroporto de Budapeste, quando peguei um avião da Wizzair em direção ao aeroporto de Estocolmo-Skavsta. A viagem durou em torno de 2 horas e meia até chegar em terras suécas.
Esse aeroporto é pequeno e longe da capital (algo super comum quando se pega um avião low cost), o que fez eu ficar mais uma hora em um ônibus em direção a Estocolmo.
Utilizei uma empresa de transfer que você pode achar no site do próprio aeroporto, a Flygbussarna. Mas você pode utilizar outras maneiras para se deslocar a partir do aeroporto. Ver mais no site http://www.skavsta.se/en/airport/.

Estocolmo: dia 1


Cheguei já era quase 17:00, mas por sorte era fim de verão e o dia terminava bem mais tarde. Dica: Se você está indo bem para o norte ou bem para o sul do globo, sempre lembre-se que no inverno o dia é bem mais curto, porém no verão o sol pode ficar 15, 20 horas, ou até mesmo nem fazer noite.

O ônibus parou na estação rodoviária e comecei a caminhar pela cidade, me dirigindo ao parlamento sueco.


Estocolmo é uma cidade composta por várias ilhas. O mar “entra” na cidade, mas não em formas de canais, como em Amsterdã ou Copenhague, o que torna o barco um meio de transporte bem interessante, a não ser que você queira caminhar bastante. Isso também ajuda para que você se perca um pouco, caso não seja tão experiente.
A minha primeira impressão de Estocolmo foi boa. Sua arquitetura não parece ser muito velha, e muitas vezes lembra Amsterdã, Copenhague ou até mesmo Bruxelas (talvez até outras cidades, mas essas eu conheço).


Em frente ao parlamento
Naquele dia havia chovido mais cedo, mas já estava começando a abrir as nuvens, o que ajudou bastante no turismo.
Fui até o Parlamento da Suécia. Um lindo prédio, em uma pequena ilha ligada por pontes, com um belo e pequeno jardim na sua frente. A cidade ao redor compõem muito bem a beleza do lugar. O mar logo ao fim do jardim e da praça, em frente ao parlamento, mesclado com os prédios do outro lado do canal, fazem a paisagem ficar ainda mais bonita e quase única.


Guarda em frente do Palácio de Estocolmo
Após tirar algumas fotos, me dirigi ao Palácio de Estocolmo. Essa é a residência oficial e o maior de todos os palácios reais do Monarca da Suécia (sim, a suécia possui família real como o Reino-Unido). Está localizado na ilha de Stadsholmen, em Gamla Stan (a cidade velha).
A fachada do palácio fica de frente para o canal, e ali você encontra guardas reais.
Mais informações:


Dei a volta no palácio e fui me perdendo pelas ruas da cidade velha. São poucas ruas e poucas quadras, mas o passeio é muito bonito.


Vista do passeio de barco
Como eu ainda tinha tempo, decidi pegar um barco e ir até uma outra ilha. Como disse anteriormente, não é uma cidade trivial de se locomover. Por haver muitas ilhas, e algumas com apenas uma ponte de entrada e saída, faz com que a locomoção terrestre seja demorada para dar as voltas necessárias. Nesses casos o barco é uma saída.


Peguei o barco 82 na parada Stockholm Slussen kajen e parei na Allmänna gränd. Paguei 47 coroas suécas (cerca de 17 reais) no bilhete único. Você pode comprar bilhetes combinados, caso for usar muito o transporte público.
Mais informações: https://sl.se/en/



Gröna Lund
O “passeio” de barco foi muito mais bonito que eu imaginava. O pôr-do-sol refletindo no mar foi uma imagem muito linda.


Após contornar uma das ilhas passei pela frente do Gröna Lund, um parque de diversões que lembra o Beto Carrero World, só que numa escala bem menor, mas não menos bonito e interessante.
Para mais informações: https://www.gronalund.com/en/


Museu do Abba
Caminhando pela ilha, passei na frente do Museu do Abba, famoso grupo musical dos anos 70 e 80, Museu de História Natural, Museu Nórdico e o famoso Museu do Vasa. Esse último é um museu temático onde está o navio Vasa. O Vasa foi um navio de guerra sueco, do início do século XVII, afundado quando deixava o porto em sua primeira viagem, o que causou uma comoção nacional à época. Depois de 333 anos debaixo de água, foi recuperado e tornado acessível ao público neste museu. Atualmente é o museu mais visitado dos países escandinavos - 1 088 136 visitantes em 2013.



Frente do Museu Nórdico

Nessa ilha ainda encontra-se o belo parque Fågeldammarna, além de construções de madeira ao estilo antigo.


Segui minha caminhada com o pôr-do-sol me acompanhando. Atravessei a ponte para sair dessa ilha, contornei o canal, e após uma longa caminhada já estava aonde eu tinha pego o barco algumas horas atrás.
O dia já estava acabando, e eu queria comer algo não muito caro, então parei no McDonald’s que havia ali perto.
De barriga cheia, estava pronto para um banho e uma boa cama. Fui para o hostel.



Noite de Estocolmo

Peguei um metrô, que era um pouco difícil para entender quais linhas vinham e iam, e qual era qual. Duas estações depois estava perto do hostel. Pronto para descansar e me preparar para o segundo dia.




Estocolmo: dia 2


No domingo, acordei as 8:00, para poder aproveitar ao máximo o último dia. Pegaria o ônibus em direção ao aeroporto meio dia e meia.
Stortorget


Caminhei um pouco pela parte mais moderna da cidade, onde na noite anterior eu tinha passado de metrô, e parei em um McDonald’s para tomar café da manhã, antes de continuar o turismo.


Após o café da manhã, continuei a caminhada em direção à cidade velha. Passei pelo Stortorget, belos e coloridos prédios com arquitetura bem típica nórdica. Ali perto está o Museu do Nobel e a Catedral de São Nicolau de Estocolmo.

Centro histórico de estocolmo

Continuando minha caminhada, pude entrar no hall de entrada do Palácio de Estocolmo, contornar os canais, me perder em ruas da área central que não havia ido no dia anterior.


Meio dia já estava na estação esperando o ônibus, e me surpreendi como funciona lá.
A estação é ferroviária e rodoviária. O ônibus para em um local marcado com número, e você precisa estar dentro do prédio esperando a porta daquele embarque se abrir, como se fosse um aeroporto, com letreiro indicando o próximo ônibus e tudo mais. Bem interessante e organizado. Você só passava para o lado de fora para entrar no ônibus após ser liberada a passagem, para não gerar caos.


Depois de algumas horas no ônibus e mais algumas horas no avião eu estava de volta a Budapeste.


Impressões da cidade e da viagem


Estocolmo é uma cidade com uma arquitetura bem característica e singular. O mar entrando na cidade, criando várias ilhas, compõem a paisagem da cidade, mesmo tornando ela um pouco mais difícil de se locomover.
Se prepare pois tudo é caro lá. Sério. Muito caro. Gastei 100 euros (tirando avião e hostel) nesses 2 dias de viagem lá. Me controlei bastante.
Não senti algo muito diferente lá por ser considerado “primeiro mundo”, um país escandinavo com IDH maravilhoso. Me senti tão seguro como em outras capitais européias, o transporte público é igual a vários outros lugares. Nada fora do padrão Europa.
No balanço geral sinto que foi uma viagem legal. Mas se o preço do voo não tivesse baixo, e se eu não tivesse morando na Europa, possivelmente não visitaria Estocolmo. Não colocaria num roteiro de mochilão pela Europa, principalmente se estivesse indo pela primeira ou segunda vez.
Dicas e informações


  • O dinheiro sueco é a Coroa Sueca. Por mais que com 1 real você consegue trocar por 0,30 de coroas, as coisas lá são bem caras. E a conversão de coroa para real de cabeça se torna mais chato de fazer.
  • A Suécia possui um rei e família real, que nem o Reino Unido. É uma monarquia constitucional.
  • O Transporte público é meio caro, mas você pode comprar tickets combinados ou por longos períodos, como em outras cidades.


Como chegar


  • Avião
A maneira mais comum, pois Estocolmo fica bem fora dos principais roteiros pela Europa. Você pode pegar um voo de low cost como eu, caso esteja pela Europa. Não há voos diretos do Brasil. Arlanda é o aeroporto internacional mais perto da cidade, mas você pode pegar voos em aeroportos menores, um pouco mais deslocado do centro, que normalmente operam com companhias mais baratas (exemplo o Estocolmo-Skavsta).


  • Ônibus e trem
Normalmente a melhor opção caso esteja vindo de países como Dinamarca ou Noruega, por causa de sua localização.
Confira a lista das companhias e trechos de ônibus: http://www.checkmybus.com/sweden


Links


  • Hospedagem
Fiquei no hostel Skanstulls Vandrarhem AB. Era um dos mais baratos com uma localização boa, mas como eu disse antes, nada é barato lá.
Por mais que eles não atendessem após as 20:00, eles me mandaram um email me informando como entrar e tudo mais.
Sempre reservo pelo booking.com, aqui está o site deles https://www.skanstulls.se/sites/sv/

https://www.klm.com/destinations/br/br/europe/sweden/stockholm/practical-info


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