quinta-feira, 28 de setembro de 2017

A Oktoberfest de Munique



A Oktoberfest é uma das maiores festas populares do mundo, e é em Munique, no sul da Alemanha, que ocorre a primeira e mais importante Oktoberfest do mundo.

Por mais que se chame OKTOBERfest, a festa de Munique começa em meados de setembro (pois em outubro as temperaturas já são mais baixas), e tem uma duração média de 15 a 20 dias, terminando nos primeiros finais de semana de outubro.

Dentro do parque Theresienwiese - Oktoberfest 2016


Um pouco de história

A Oktoberfest foi criada em 1810 pelo rei da Baviera Ludwig I para comemorar seu casamento.

Ele foi realizado em um parque (que na época era longe do centro da cidade Munique) que foi batizado de Theresienwiese, em homenagem a noiva, a princesa Teresa de Saxe-Hildburghausen.

O rei convidou todos os moradores de Munique e o sucesso da festa foi tão grande que ele marcou outra festa para outubro do ano seguinte, começando, assim, a tradição.



Mas como funciona a Oktoberfest?

A festa acontece no parque Theresienwiese até os dias de hoje, onde as cervejarias locais constroem suas tendas para receber os quase seis milhões de visitantes anuais.

As tendas são os locais onde você poderá comprar e degustar sua cerveja. Cada cervejaria tem uma ou mais tenda, podendo ser espaços pequenos, com poucas mesas e cadeiras, ou grandes pavilhões, com muita música, festa e dança.

Parte externa da tenda grande da Hofbräu


As tendas acabam lotando rapidamente, e se ela está cheia, haverá fila para entrar. Entretanto a fila não é organizada. Praticamente é um monte de gente na frente da tenda esperando o "cuidador da fila" chamar alguém para entrar. Tende a ser um caos quando há muitas pessoas.

Você não paga para entrar no parque, mas, desde 2016, ele é cercado, com muita segurança, e você não pode entrar de mochila, bolsa, ou algo semelhante. Caso precise, você pode deixar seus pertences em um dos guarda-volumes que estão espalhados ao redor do parque. Claro, você terá que pagar por esse serviço.

Oktoberfest 2015 lotada ao cair da tarde

Além das tendas das cervejarias, há locais de para comer e comprar souvenirs, como aquelas famosas canecas alemãs ou camisetas da Oktoberfest.

Também há um parque de diversões, mas cuidado caso você vá em alguma atração radical após beber e comer.

Vale lembrar que há desfiles no centro histórico de Munique, com grandes carroças enfeitadas. A cidade toda fica com o ar da Oktoberfest.


Carroça enfeitada no centro histórico de Munique


Como chegar no parque?

O Theresienwiese fica relativamente perto do centro histórico, e em uma distância caminhável das estações ferroviária e rodoviária.

Da estação ferroviária - München Hbf: fica em torno de 16 minutos de apé.
Da estação rodoviária - ZOB Munich: em torno de 11 minutos de apé.

Caso você esteja na Marienplatz, no centro histórico de Munique, você pode pegar o metrô linhas U3 ou U6, descer na Goetheplatz e caminhar mais uns 10 minutos.

Caso tenha dúvidas, use o Google Maps. Ele te ajudará bastante.



E o que fazer lá?

Podemos resumir a resposta em: beber, comer e se divertir.

A Oktoberfest é uma grande festa, com muita cerveja boa (e cara). Entre numa tenda, beba uma boa cerveja bávara, experimente novos sabores, dance músicas típicas e se divirta.


Prato típico alemão

Não deixe de comer comidas típicas alemãs, como as linguiças, joelho de porco e pretzel. Vale a pena sentar em uma mesa, em alguma das grandes tendas, e ter uma refeição completa, com Wurst, joelho de porco e Sauerkraut (o nosso chucrute).

Dentro da tenda grande da Spaten


Dicas!

  • Verifique no site oficial os horários, pois ele varia de dia para dia;
  • Se você for em um final de semana, lembre-se: vai estar lotado, principalmente se deixar para ir no último final de semana da festa;
  • A entrada é gratuita, então não caia nas “enganações” que tem na internet. Há sites que vendem “entrada” por um preço bem salgado, mas leia com cuidado, muita das vezes isso é só uma reserva de mesa de alguma tenda da festa;
  • Por mais que seja entrada gratuita, o preço lá dentro é alto. Um litro de cerveja é 11 euros. Cuidado para não gastar mais que pode;
  • E falando em gastar, leve do Brasil sua roupa típica, caso queira usar, pq lá o preço é bem alto também;
  • Muito cuidado se você pretende ficar na cidade, além de todos os hotéis e hostels estarem superlotados, tudo está MUITO CARO. Procure ficar em alguma cidade próxima ou no subúrbio, e ir para a festa de trem. Não é tão caro e vai acabar saindo mais em conta;
  • Caminhe pela cidade durante a Oktoberfest, o clima fica diferente e você verá mais coisas referente a festa fora do parque;
  • As tendas abrem às 10:00, então vá cedo se você quer entrar numa das grandes tendas, sentar e apreciar o lugar, pois a tendencia é ficar cada vez mais difícil entrar.
  • Tende a ser um caos quando há muitas pessoas, então tente evitar os horários de pico;
  • Acesse o site oficial para mais informações https://www.oktoberfest.de/en/



Resumo

Ein prosit!
Ao meu ver a Oktoberfest é uma festa super valorizada, mas que vale a visita.

Vá com amigos, mas cuidado, fazer a festa lá e beber até cair pode sair muito caro, tome cuidado com isso.
Você poderá ler mais sobre Munique e Oktoberfest no relato que eu fiz alguns posts atrás.




quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Relatos de Liubliana


Dia de fevereiro de 2016, uma, fui para Liubliana, de Budapeste.
Vi de esquilos a dragões em uma viagem que ganhei oito carimbos no meu passaporte. A capital da Eslovênia é uma surpresa muito feliz.


Cidade vista de cima da torre do castelo

A viagem de ônibus


O ônibus saiu de Budapeste às 6:00 da manhã do Sábado. Fui de Eurolines, pois era a melhor opção de horário/preço. Ônibus na Europa costuma ser o mais baratos dos três principais meios de transporte (avião, trem e ônibus), mas quase nunca é o mais confortável. E esse ônibus não foi diferente.


Interior da Eslovênia
Por volta das 10:00 estava atravessando a fronteira Hungria-Croácia. O ônibus faria uma parada em Zagreb antes de ir para Liubliana.
Como a Croácia não faz parte do Acordo de Schengen, precisamos descer do ônibus e passar pelos trâmites da imigração. Fato esse que precisaríamos fazer novamente ao entrar na Eslovênia e mais duas outras vezes na volta para Budapeste.



Lembrando que nem todo país que faz parte da União Européia faz parte do Acordo de Schengen.



Depois de 9 horas no ônibus, passando pelo interior da Hungria e da Croácia, finalmente estava chegando em Liubliana. Por mais que seja uma viagem cansativa, o custo benefício valeu a pena.



Liubliana: dia 1


Primeiras impressões da cidade
A parte central e histórica de Liubliana não é grande, e como ficaria pouco tempo na cidade, nem utilizei transporte público.
A primeira coisa que fiz ao chegar na cidade foi deixar a mochila no hostel. Sem o peso, poderia aproveitar melhor a cidade.








Vista de dentro do castelo, em cima do morro
A primeira coisa que eu queria visitar era o Castelo de Liubliana. Ele fica no alto de um morro, contornado pelo rio, lembrando muito as cidades medievais que conhecemos nos livros e filmes.
O castelo fica aberto diariamente das 10:00 às 20:00, e a maneira mais fácil de acessar ele, se você está de a pé, é pelo funicular que fica perto da Dragon Bridge (você encontrará placas mostrando o caminho).


O funicular custa 4 euros, mas muitas das dependências do castelo não possui custo de entrada. Acabei pagando, além do funicular, só para acessar a torre do castelo para ter uma vista belíssima da cidade e dos arredores (incluindo montanhas nevadas, pois era o fim do inverno). Para ter acesso a todo o castelo, mais o funicular, são 10 euros.


Dragão da Dragon Bridge
Liubliana tem toda uma ligação com dragões. Você os encontrará em vários souvenirs, estátuas pela cidade e, até mesmo, no brasão de armas da cidade.

Segundo conta uma lenda, Liubliana no ano de 1144, era dominada por um terrível dragão que costumava atirar fogo para aterrorizar seus habitantes a partir de uma das torres do castelo. Depois de muito tempo de solidão e destruição, o dragão apaixonou-se por uma doce fêmea e deles teria nascido o primeiro dragão artista do mundo, um menino que não fez as vontades do pai.



Os dragões também estão presente em uma das pontes de Liubliana, a famosa Dragon Bridge. Lá você encontrará estátuas desse animal mitológico em ambos os lados.





Continuando o meu tour, desci do castelo e caminhei pela cidade velha em direção a Triple Bridge. São três pontes cruzando o rio Liublianica, uma colada na outra, em meio a prédios com belas arquiteturas e uma vista incrível do castelo em cima do morro. Isso tudo ao cair da tarde.


Triple Bridge

Após minha caminhada pela cidade, me dirigi ao hostel para me preparar para a janta e uma caminhada noturna.


Ao cair da tarde



Liubliana: dia 2


Mais um dia ensolarado em Liubliana em que eu pude aproveitar. Estava disposto a conhecer o lado contrário do rio, principalmente o parque Tivoli.



Tivoli Park
O parque Tivoli é uma grande área verde (que não estava tão verde por causa do inverno), propício para caminhadas ao ar livre e fotos lindas. O mais incrível foi ver vários esquilos correndo de um lado para o outro e se escondendo entre as árvores.
Para compor esse cenário, dava para ver montanhas cobertas de neve ao fundo, longe da cidade. Foi uma bela manhã de sol, frio e esquilos no parque.


Esquilo no Tivoli Park!

Cerca de 50 minutos de caminhada, do outro lado do parque, há um lago, que possivelmente esteja congelado caso você vá no inverno. Infelizmente, como meu tempo era curto, não consegui ir até lá.


Congress Square e o castelo ao fundo
Continuei meu turismo até a Congress Square, uma praça colada ao rio, com uma vista ótima para o castelo e prédios com belíssima arquitetura ao redor.


Como o ônibus de volta saía por volta de 13:00, caminhei mais um pouco, costeando o rio, antes de me dirigir à rodoviária.





Resumo


Liubliana não é uma cidade tão grande e nem tão turística, porém ela possui um charme próprio e eu adoraria voltar lá uma outra vez. Fiquei mais ou menos 24 horas na cidade, o que me impossibilitou de visitar mais lugares fora do centro.


Existem outros lugares lindos na Eslovênia, principalmente com belezas naturais de tirar o fôlego, como o Lago Bled, perto da fronteira com a Áustria.


Recomendo a visita à cidade, nem que seja rápida, como eu fiz. E se puder, vá perto do fim do inverno, pois ela deve ficar mais charmosa com neve.


Liubliana é linda, calma, fora da maioria dos roteiros turísticos e ainda inexplorada. Vale a visita.



Dicas e informações


  • A moeda eslovena é o Euro, mas não se assuste, ela é uma cidade barata, semelhante à Bratislava.
  • A rodoviária de Liubliana não é bem um prédio normal de rodoviária. Os ônibus ficam estacionados praticamente na rua, em vagas oblíquas, com a numeração do box no chão. Para saber qual é o seu ônibus, você pode ver no prédio que fica no início dos boxes (e onde se compra passagens). O nome do lugar, no idioma local, é Avtobusna Postaja Ljubljana.
  • A estação ferroviária fica em frente a rodoviária, facilitando a ligação entre os transportes.
  • O idioma local é o esloveno, mas, como em boa parte da Europa, você pode se virar bem com o inglês.



Onde comer?


Há vários bons restaurantes entre a Dragon Bridge e a Triple Bridge. Acabei jantando em um desses restaurantes, bem turísticos, sem nenhuma comida típica eslovena. Pela proximidade com a Itália, você encontrará vários pratos típicos italianos.


Recomendo o Cacao Ljubljana, com bons sorvetes e um excelente chocolate quente.


E por mais que tenha jantado em um restaurante bem turístico, o valor de uma janta é bem razoável. A moeda eslovena é o euro, porém Liubliana não é uma cidade cara. Por exemplo, lá comi o McDonald’s mais barato entre os países que usam euro.


Ps.: você poderá se “deliciar” com um hambúrguer de carne de cavalo.



Como chegar


Você poderá utilizar trem, ônibus ou avião.
Como eu fui de Budapeste, eu utilizei a Eurolines (http://www.eurolines.com/en/), mas sempre recomendo buscar outras maneiras com goeuro.com ou rome2rio.com.


O Aeroporto Jože Pučnik de Liubliana fica em torno de 30km do centro da cidade, mas, apesar de ser internacional, não há voos diretos Brasil-Liubliana. No site do aeroporto você terá informações de translado http://www.lju-airport.si/en/Main/.



Onde ficar


Me hospedei no Draggondoss Hostel. Uma ótima localização e um bom preço. O maior problema foi com o chuveiro, que demorou para esquentar, e não esquentou tanto assim.

Reservei esse hostel pelo http://www.hostelworld.com/, sem problemas, apesar de normalmente usar o http://www.booking.com/.





quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Relatos de Belgrado


Dia 12 de fevereiro de 2016, uma sexta-feira, fui para Belgrado, de Budapeste.
Conheci a capital da Sérvia, tomei minha primeira cerveja no McDonald’s e descobri que os sérvios são pessoas incríveis.




Início de viagem: 8 horas em um trem apertado

Minha viagem começou às 22h de uma sexta-feira. Fui de trem noturno de Budapeste para Belgrado, porém sem cama dessa vez (ver Por aí: Berlim). Ainda preciso falar dos trens “estilo leste europeu”, mas resumindo, esse trem está longe de ser confortável. Foi uma longa e dolorida viagem tentando ficar deitado em três bancos duros até as 6:00 da manhã seguinte, quando cheguei na estação ferroviária de Belgrado.
Belgrado é a capital e maior cidade da Sérvia, e está localizada entre dois rios, Danúbio e Sava, no norte da Sérvia. Com uma população de 1 710 000 habitantes (2007), Belgrado é a maior cidade no território da ex-Iugoslávia. Uma das cidades mais antigas da Europa, com uma história continuamente documentada por 7 000 anos. Na Antigüidade, a cidade foi alcançada pelos gregos, fundada e nomeada pelos celtas como Cidade Branca, nome que ainda ostenta, depois colonizada pelos romanos e definitivamente ocupada por sérvios a partir da década de 600.
Já foi parte da Iugoslávia, quando foi um país socialista sob influência da União Soviética e tem um passado muito marcado por ditadura e guerras.

Belgrado: 1º dia

Cheguei e fui direto ao hostel deixar minha mochila para começar o turismo. O dia estava começando a amanhecer com algumas nuvens no céu. E como estava sem comer por causa da viagem, após deixar as mochilas fui até uma padaria que ficava super perto do hostel.

Placa em sérvio

De barriga cheia e sem mochila comecei minha caminhada pela cidade, e minha primeira impressão foi de espanto com as placas com um alfabeto diferente. O sérvio usa o alfabeto cirílico, o mesmo utilizado na Rússia, o que torna as placas e outdoors bem interessantes. Até então tinha sido a primeira cidade que eu visitei onde o alfabeto era diferente.

Fui em direção à Assembléia Nacional Sérvia, e no caminho já vi vários prédios bonitos e um contador para as Olimpíadas do Rio2016.

Começou a chover, mas não passei aperto, sempre levo comigo um guarda chuva, além de minha jaqueta ser de um material impermeável. A chuva não atrapalhou muito o passeio.




Assembléia Nacional Sérvia


Assembléia da Cidade de Belgrado
Passei pela Assembléia da Cidade de Belgrado, prédio também conhecido como o Old Palace, e pelo New Palace, todos ao redor do Pionirski Park. Estava indo em direção ao ao Templo de São Sava, e a chuva continuava a cair.





Templo de São Sava

O Templo de São Sava é uma construção religiosa ortodoxa, diferente do que estamos acostumados a ver no Brasil. Templos e igrejas ortodoxas possuem características diferentes e são muito bonitos.


Após ter caminhado bastante, esperei a chuva dar uma baixada no McDonalds antes de seguir o turismo em direção ao Museu de Nikola Tesla.

Nikola Tesla foi um grande cientista dos séculos XIX e XX e viveu boa parte de sua vida em Belgrado. Seu museu é pequeno, porém bem interessante. Além de poder interagir com algumas coisas, você poderá ver a urna onde estão as cinzas do inventor e cientista.


Praça da República
Com a tarde se iniciando e o sol começando a aparecer, fui até a Praça da República e caminhei pela parte central de Belgrado. Um calçadão com vários ambulantes e lojas.

Como ainda não tinha comido nada muito nutritivo, voltei até o hostel para tomar banho e ir a um restaurante.






Fachada do Cafana Question Mark
O pessoal do hostel foi muito educado e receptivo. Todos os sérvios que conversei foram super simpáticos e amigáveis. O staff do hostel convidou eu e o pessoal que estava viajando comigo (essa viagem eu fiz com amigos) para sair a noite com um pessoal que estava hospedado. Além disso eles ofereceram a Rakija, estilo uma vodka sérvia que eles mesmo faziam em casa.








De banho tomado e com dois shots de Rakija no estômago, fui até o Cafana Question Mark, um antigo e tradicional café e restaurante. Comi uma tábua de frios, com queijos e carnes locais. Foi muito gostoso.


Voltei ao hostel para sair com o pessoal. Fomos em uma balada/pub bem sérvio. Uma banda sérvia tocando foi o espetáculo a parte. Uma experiência bem não turística que valeu muito a pena. O lugar se chama Klub Corba Kafe e fica praticamente de frente para o rio.


Belgrado: 2º dia

O segundo e último dia começou tarde por conta da festa da noite anterior. Acordei, tomei um banho e comecei o final da manhã em um McDonald’s. Na Sérvia, o McDonald’s é bem em conta, além de te darem várias daquelas cartelas de desconto e tu poder comprar cerveja.
Alimentado e descansado, comecei o turismo.

Entrada do Kalemegdan
Passei novamente pelo calçadão, mas agora estava indo em direção à fortaleza de Belgrado. A fortaleza fica no Kalemegdan, o maior parque de Belgrado. É uma área muito grande e boa de caminhar, às margens do Rio Sava (praticamente na junção dos rios Sava e Danúbio). Lá você pode caminhar por dentro da fortaleza, fazer um piquenique nas áreas verdes, comprar algum artigo histórico ou lembrancinha de Belgrado, entre outras várias coisas.

Fortaleza

Canhões e tanques no Kalemegdan

Caminhei por lá, e, como o dia estava ensolarado, tinha várias pessoas, locais e turistas. Após turistar bastante, descansar e tirar fotos, vi uma apresentação de uma banda militar, talvez para algum discurso ou pronunciamento. Mas essa informação ficará incompleta pois não fiquei lá tempo suficiente para saber o que era.


Como estava começando a cair a tarde, comecei a voltar, caminhando pela região central de Belgrado. Para para comer um waffle antes de pegar minha mochila no hostel.
O trem saiu em torno de 21:00 - 21:30 e foi uma outra longa viagem com muito desconforto.

Impressões da cidade e da viagem

Foi uma experiência muito agradável. Belgrado está fora da maioria dos roteiros europeus, e talvez por causa disso me surpreendeu tanto, pois até então nunca tinha pensado em visitar a cidade.
Todos os sérvios foram muito educados e amigáveis, principalmente o pessoal do hostel. Tive a oportunidade de tocar violão com eles com muita descontração, fazer festa em que eles se propuseram a organizar, além de tomar a Rakija artesanal deles.

Algo que me impressionou muito foi a quantidade de fumantes e como eles são tratados. Não há espaço para fumantes nos estabelecimentos sérvios, então todo mundo fumava dentro da festa sem problemas. Isso é bem desconfortável para quem não fuma, como eu, ou tem algum problema respiratório.
Outro fato engraçado sobre isso foi no restaurante. Queria uma mesa perto da entrada, porém todos ali estavam fumando, então perguntei se não havia algum lugar onde o pessoal não estava fumando. O garçom, então, me levou para um lugar super escondido, como se eu fosse o “errado” ali. Como se no Brasil aquela fosse a área de fumantes excluída de todo o resto.

Sei que poderia ter feito algumas outras coisas na cidade, como visitar alguns pontos turísticos mais afastados da região central.
Se você está planejando um mochilão pelo leste europeu, ou está por perto, recomendo demais você visitar Belgrado.




Dicas e informações

  • Belgrado é a capital da Sérvia, localizado nos Bálcãs.
  • Seu idioma é o sérvio, usando o alfabeto cirílico, então tome cuidado com placas e informações.
  • Sua moeda oficial é o Dinar Sérvio e sua cotação geralmente é boa.
  • A Sérvia passou por muitas guerras em seu passado recente, e ainda possui alguns conflitos internos, então tome cuidado com assuntos que podem ser polêmicos.

Como chegar

Eu fui de trem, saindo de Budapeste, porém você pode utilizar tanto ônibus quanto avião, ou até mesmo caronas.

O Aeroporto Nikola Tesla é um aeroporto internacional, porém não há voos diretos entre Brasil e Belgrado.

Você também pode pegar algumas companhias de ônibus, como a flixbus.

Hospedagem

A hospedagem é muito barata, podendo ficar até 1 euro por pessoa a pernoite.

Eu fiquei no Hostel Goodnight Grooves, que reservei pelo hostelworlds.com, e recomendo.


Links

Outro roteiro em Belgrado -

Mais sobre Belgrado -

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