Dia 13 de março de 2016, domingo, fui para Amsterdam, de Bruxelas.
Conheci a capital dos Países Baixos, vi mulheres seminuas nas vitrines do distrito da luz vermelha, bebi Heineken e não consumi maconha (tudo em um dia).
Início da viagem: Ônibus entre Bruxelas e Amsterdam
Parti cedo da manhã de Bruxelas para Amsterdamde ônibus. Peguei um Flixbus, em um trajeto com muitas opções de horários.
Os ônibus partem de Bruxelas na Gare du Nord, mas não custa nada você conferir no site ou no bilhete de passagem de onde sairá seu ônibus.
A viagem durou cerca de 3 horas, até a estação Sloterdijk, em Amsterdam. Como a maioria das rodoviárias européias, Sloterdijk não tem boxes como as rodoviárias brasileiras, e os ônibus param na rua mesmo, na frente da estação ferroviária homônima.
Apesar de ser um pouco longe do centro da cidade, a linha de ônibus número 22 te deixará pertinho da Estação Central de Amsterdam. Também há trens que partem de Sloterdijk para a Estação Central. Quando chegar, verifique qual é o mais fácil e rápido para você. O Google Maps poderá te ajudar, ou você pode se informar com o pessoal que trabalha na estação (comigo o pessoal foi muito prestativo).
Um dia em Amsterdam
A primeira coisa que eu fiz, ao chegar no centro, foi tomar um café da manhã (um dos melhores que tomei na Europa). Após isso estava pronto para caminhar bastante na cidade.
Como comecei meu tour pela Estação Central, me dirigi à igreja Oude Kerk que fica no meio do distrito da luz vermelha. Esse área de Amsterdam é famosa pela prostituição e pelas vitrines que exibem mulheres seminuas, dançando, e esperando seus clientes.
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Ruas estreitas de Amsterdam |
Caminhando pelas ruas estreitas e antigas da cidade tive minha primeira grande impressão da cidade: Tudo é voltado para o público consumidor de maconha e para o sexo.
Várias e várias lojinhas com temáticas de maconha, expondo produtos para usar sua cannabis, e expondo, sem vergonha alguma, brinquedos sexuais ou artigos com temática adulta.
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Arredores de Oude Kerk |
Após uma caminhada pelas belas ruas de Amsterdam cheguei na Oude Kerk. Uma igreja com uma arquitetura muito bonita que se encaixa muito bem na cidade. Seus arredores também são muito belos, e o melhor, não haviam muitos turistas por lá.
Entretanto, eu estava no Red Light District, e logo mais a frente me deparei com as famosas vitrines de prostitutas. Achei meio constrangedor e estranho, mas foi uma experiência interessante.
Logo mais a frente me deparei com um dos famosos canais de Amsterdam. Ali me apaixonei por completo pela arquitetura da cidade. Realmente Amsterdam tem um charme único devido aos canais, que compõem perfeitamente o ambiente.
Caminhando um pouco mais, me deparei com o Bulldog, que se auto denominava o primeiro coffee shop de Amsterdam. E aí abrimos o capítulo maconha.
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Fachada do primeiro coffee shop |
Acredito que todos sabem que algumas drogas são liberadas nos Países Baixos (produtos tradicionais da cannabis, como a maconha e o haxixe), e isso faz com que Amsterdam seja a Meca dos usuários da maconha.
Lá você poderá encontrar bolinhos de haxixe entre outras iguarias que te deixarão bem feliz, normalmente vendidas nos famosos coffee shops.
Mas vale lembrar que para erradicar o "turismo da droga", desde 2011 os Países Baixos proíbem terminantemente a venda de cannabis ao estrangeiro. Então confira, mais abaixo nos links, o que pode ou não fazer por lá para não fazer merda.
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Bicicletas e bicicletas |
Mais a frente cheguei na Praça Dam e no Palácio Real de Amsterdam, e tive minha segunda grande impressão da cidade: ela tem muito (mas muito) turista jovem, e muita bicicleta.
Já havia visto bastante gente por onde caminhei, e muita bicicleta estacionada, mas como a praça era uma área aberta, pude ter a noção da quantidade de gente e de bicicletas que tinha na cidade.
O Palácio Real é muito bonito, e a arquitetura da cidade continuava muito bela.
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Palácio Real de Amsterdam |
A caminhada continuou até o museu da Anne Frank, e aí fica mais uma dica: Se você quer entrar na casa/museu, compre antecipado seu ingresso e planeje bem o horário, pois a fila sempre é gigante para entrar, mas todos dizem que vale muito a pena (eu não entrei).
Um pouco de história: Para quem não sabe, Anne Frank e sua família foram perseguidos na Segunda Guerra Mundial pelos nazistas e se esconderam nessa casa (e outras quatro famílias) de 1942 a 1944. Lá Anne escreveu em seu diário tudo que se passava naquele local, e esse diário se tornou o famoso livro O Diário de Anne Frank. Após uma delação, ela e sua família foram levadas à um campo de concentração, e, com 15 anos, ela morreu de tifo. Uma história triste, mas que deve ser lembrada.
Contornando os belos canais, saindo um pouco da área central, cheguei até o famoso letreiro I AMsterdam, em frente ao Rijksmuseum, edifício do século XIX que abriga obras de arte do Século de Ouro e uma vasta coleção de arte europeia.
Em Amsterdam você encontrará vários museus de todos os tipos, como: Van Gogh Museum, Museu do sexo, Casa de Rembrandt, Casa da Anne Frank, Rijksmuseum, Museu Van Loon e a Heineken Experience, que foi minha próxima parada.
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Fachada da Heineken Experience |
Para quem não sabe, a Heineken é uma cerveja holandesa, e sua primeira fábrica se tornou esse lindo museu e parada imperdível para os amantes do “suco de cevada”. Lá você verá um pouco da história da cervejaria, de como é feita a cerveja, entre outras coisas, além de poder tomar duas Heinekens ou uma Heineken super gelada que você só encontrará lá.
O tempo na cidade já estava acabando, mas ainda havia tempo para mais um museu pequeno, e o escolhido foi o Museu do sexo.
Um museu interessante que mostra mostra um pouco de tudo, sem pudor e sem vergonha alguma, chegando a incomodar um pouco.
Após uma parada no McDonald’s e cansado depois de um dia de turismo e caminhada, estava pronto para voltar para Bruxelas, com o mesmo Flixbus.
Impressões da cidade e da viagem
Amsterdam é linda. Os canais e sua arquitetura são charmes a parte. Talvez o dia estivesse ajudado bastante, mas foi muito bom e recomendo demais.
Não entrei em nenhum coffee shop e nem consumi nada que seria ilícito no Brasil, mas se você tem curiosidade, se joga.
E não se assuste com a quantidade de gente e artigos sexuais a venda. Se você estiver viajando com crianças, velhinhos ou se você mesmo se sente ofendido com essas coisas, não recomendo Amsterdam para você.
Dicas
Você pode comprar bilhete para o transporte público que pode ser usado por um dia inteiro, mas você também pode comprar bilhetes únicos. E não esqueça, você deve passar o bilhete quando entra no transporte, e quando saí dele também.
De uma paradinha no Vondelpark, um lindo e grande parque, não tive muito tempo para ficar lá, mas vale muito a pena dar uma passadinha.
Como chegar
Ônibus
Foi a maneira que eu utilizei para chegar lá. A estação é organizada e os ônibus param na rua mesmo. Meu ônibus de volta se atrasou um pouco, mas nada de preocupante.
Utilizei a Flixbus, mas entre no goeuro.com ou rome2rio.com para ver outras opções.
Trem
Outra opção bastante utilizada se você já está na Europa. Normalmente mais caro que ônibus, mas a Estação Central fica muito perto do centro da cidade.
Avião
O Aeroporto de Amsterdam-Schiphol é o maior e mais importante do país, com voos diretos do Brasil, normalmente operados pela KLM. Fica relativamente perto do centro.
Links
Informações e legislação do país
Mais dicas de lugares e bares
Mapa